sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Labareda, a cerveja que é uma brasa mora?

Como eu estou ficando velho, lançarei mão das velhas e boas gírias das antigas para falar dessa pequena criança que esse cervejeiro matreiro de barriguinha pró desgustou.





Essa não é para os fracos não, uma cerveja explosiva, marcante e bem intensa. Promete tudo o que anuncia no rotulo menos, ainda bem, a aparição do guitarrista do rotulo enlouquecido no meio de chamas na sua frente. Curuz-credo, ia ser coisa do pata rachada!!



Degustei essa cerveja do jeito certo na temperatura certa e fazendo o que é certo: Ouvindo um bom rock'in roll, com um belisquete xuxu beleza.
Confesso que essa cerveja ficou meio que jogada na minha geladeira por uns tempos até que resolvi sacrifica-la num ritual com linguiça calabresa caramelizada na sidra + pimenta e um bom e ótimo show do Motorhead com Phil Campell na guitara vestido nada mais nada menos do que a camisa do Clube Atlético Mineiro, o maior das Gerais, para nossa alegria. Chupinha o show aqui
Sim senhores uma harmonização perfeita!



Essa cerveja é realmente apimentada e os paladares mais sensíveis não agradarão de tal iguaria. Malagueta no gosto e no retrogosto sem deixar de perder a elegância do que na minha insignificante opinião toda cerveja tem que ter: O LUPULO!

A combinação do lupulo e da pimenta calabresa combinou tanto quanto "dedo no nariz". Clássico.

O Lenny quis sair do show e beber comigo, estou falando sério.

Cerveja sim meu, para se beber com sabedoria como manda o rotulo. Uma cerveja bela de rotulo, corpo, espuma e sabor. Incrível que apesar dos ingredientes, dos 30 IBU essa danada consegue ser refrescante. Eita!

Parabéns aos camaradas da Cervejaria Coruja e eu solicito a vocês que façam ninho em Belo Horizonte. Me coloco até à disposição para ser o experimentador dos lotes ou qualquer outro trabalho!

A todos, um brinde!
Se for beber, me chame.
Não recomendo aos camaradas do outro lado da lagoa da pampulha...

Abaixo a receita da Linguiça Caramelizada na sidra
Fácil para xuxu de fazer bionicão!


Ingredientes:
- 2 pacotes de linguiça fininha defumada (cada pacote tem 240g);
- 1 garrafa de Sidra (aquela bem chulé, que só compramos no fim de ano);
- Pimenta calabresa à gosto (opcional);
- 2 colheres de sopa de Aceto Balsâmico (opcional).

Modo de Preparar:
- Corte a linguiça, coloque em uma panela e cubra com a Sidra (vai quase a garrafa toda);
- Junte a pimenta e deixe em fogo alto, não precisa mexer por enquanto;
- Quando estiver secando o líquido, vá mexendo sem parar até ficar bem caramelizada;
- Nesse ponto se quiser, pode acrescentar o Aceto Balsâmico, pra dar uma pegada "agri-doce";

- Trê facê de se Fazer!



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mundo Estranho informação estranha

O pior do que a falta da informação é justamente a informação dada de maneira errada. Como não fui quem viu a reportagem a tempo de poder comentar, segue as observaões pelo sapiente confrade cervejeiro da Homini Lupulo publicou no seu site.

Foi publicada um infográfico bem ilustrado e lúdico, mas cheio informações tortas ou que eu considero no minimo mal editadas. A Abril cita as fontes que me levam a crer que vieram de um mundo estranho.
Vamos as observações do nosso amigo qual assino embaixo.



Para ver a imagem ampliada, clique aqui.

Erro 1: De cara, temos a explicação sobre os ingredientes básicos, a Lei de Pureza e que isto é respeitado na Alemanha e na Bélgica. Os belgas não tem qualquer compromisso com o uso de malte, água e lúpulo, apenas. O uso de açúcar é muito comum, bem como especiarias, frutas e afins. Lei de Pureza é uma preocupação da cultura cervejeira alemã, apenas.

Erro 2: o arroz não é ingrediente básico de nenhuma cerveja. Ele é utilizado como fonte de carboidrato mais barata em cervejas comerciais, em larga escala. Porém, toda cerveja tem como base o malte, que pode ser de cevada, trigo e centeio.

Erro 3: no item 2, sobre a brassagem, é falado que esta dura cerca de 5 horas. Não é verdade, e está longe disso. A brassagem de uma cerveja leve, como uma pale ale, por exemplo, dura em torno de uma hora. As mais longas podem chegar a duas horas.

Erro 4: ainda no item 2, o que seriam os demais ingredientes da cerveja que seriam adicionados ao fim da brassagem? A curiosidade chegou a índices altíssimos!! Bem, após a brassagem, o mosto filtrado, sem o grão, é fervido, estapa que não é citada no gráfico. Nesta etapa é adicionado o lúpulo.

Erro 5: no item 3 fala que todas as fermentações acontecem em até 5 dias. O tempo de fermentação vai depender de vários fatores. Em alguns casos, pode passar de 10 dias, dependendo principalmente da densidade do mosto a ser fermentável.

Erro 6: no item 4 fala em maturação a 0 graus. Lagers maturam a esta temperatura, ou um pouco acima. Mas as ales podem entrar em maturação abaixo dos 10 graus. Assim, generalizando, as cervejas maturam entre 10 e 0 graus.

Erro 7: Agora, quando chegou na parte do “faça o seu pedido” o negócio ficou tenso. Vamos aos primeiro erro grosseiro: lá diz que lagers são cervejas de baixa fermentação e graduação alcoólica. Não existe nenhuma relação entre as coisas. O que determina o teor alcóolico é a quantidade de açúcar fermentável, que vira álcool e CO2 durante a fermentação. Existem estilos de lager, como doppelbock, que passam facilmente dos 8% de teor alcoólico, entre outros. Bem como ales de baixo teor alcoólico.

Erro 8: nada no estilo ale determina que a cerveja seja mais doce, como diz o texto. Tampouco, que elas são mais encorpadas. Este tipo de características depende de outros insumos e processos que não apenas o tipo de fermentação. As cervejas mais amargas são do tipo ale, como as bitters e IPAs.

Erro 9: ainda no estilo Ale. A Alemanha é uma tradicional produtora de lagers, e não de ales como foi dito, tendo basicamente apenas as cervejas de trigo na categoria de ale. Na Bélgica e na Irlanda, bem como em todo o Reino Unido, as ales são muito populares.

Erro 10: não há nada que determine que as cervejas lambic são feitas com trigo. Algumas são, outras não.

Eu até queria acrescentar algumas observações, mas confesso que fiquei "aflito" para publicar isso tudo, porque a Abril tem muito mais circulação do que meu blog e eu me senti na obrigação de repassar.
Claro que tudo o que foi observado, não é merito meu mas do grande escrevedor Bernardo Graça Couto,(sou mais bonito que ele) um expert e fã, como eu, do assunto e da cultura cervejeira.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MELHOR LOCAL DO MUNDO PARA SE ENCHER A LATA

MEU FUTURO POINT - HANOI
Apesar de ser defensor dos movimentos "Slow Bier" e "Beba Menos mas Beba melhor" seria hipocrisia da minha parte torcer o nariz para os famosos "copos sujos" da vida, onde a turma se reune para tomar umas, digamos "umas a mais de com força". Aquele barzinho perto da sua casa, aonde vc vai de bermuda e chinelos e as únicas coisas que importam são: cerveja gelada e tira gosto "da hora".
Local onde vendem-se praticamente combos de mandioca&linguiça, carne de panela&batata cozida além da mineiridade do torresmo e uma cachacinha. Uh tererê meus caros!!
VISTA PARCIAL DO BAR DO MOITA
Todo mundo que que gosta de cerveja, seja de massa, especial, artesanal ou importada, frequenta ou frequentou um desses famigeráveis adoráveis botecos onde uns encontraram seu lugar, enquanto outros, como eu, resolveram alçar outros voôs. Mas nao se iluda meu caro Padawan, vira e mexe eu volto às origens. Às "veizs" no Bar do Moita, outras no Bar do Tatá e raramente no Bar do Bosco. Mas é certo, minha boca enche d'agua com aquelas estufas com carne de panela, rabada, bolinho de mandioca e afins. Por isso sempre circulo por esses ambientes a fim de experimentar as novidades gastronômicas e beber uma Serra Malte ou Brahma.

Esses bares ditos "copo sujo" são locais sem muita sofisticação e por isso apresentam um cardápio, geralmente do tamanho de uma folha A4, de baixo custo para o bebum moderado ou não. Tem no mundo inteiro.

Resumindo, o melhor bar para se tomar um porre tem que tocar seu coraçãozinho, vc acaba não escolhendo, ele que te escolhe. E basicamente possui uns camaradas que te ajudam(fila sua breja e você as deles), tira-gosto farto e cerveja gelada. Simples assim, pura democracia.

Meu coração atualmente esta voltado para um Bar copo sujo em Hanoi. Exato pequena criança, Hanoi no Vietnã. Aquele país que fica perto da Australia no jogo WAR. Descobri uns botecos lá da hora onde tudo no cardápio custa menos de UM REAL. Uma das melhores cervejas de lá, a BIA HÀ NOI custa dois mil e quinhentos Dongues (o dinheiro vietnamita) o que vale reles 24 CENTAVOS de real (cotação de 12/09/2012 - fonte Banco Central Brasil). Se achou caro, tem uma variação falsificada dela, a Bia Hoi a 20 centavos o litro onde os locais recomendam você levar seu próprio vasilhame.
DONGUE
Imagina você a beira do rio Sông Hông na avenida Duong Ven Sông tomando uma Bia Hà Noi com uma bela porção de cachorro a passarinho? 
Um luxo meus camaradas

Fala sério, quem não anima dar um pulo em Hanoi? Pow a cidade é historica, foi lá que os Sargentos Bob Baners e Elias Grodin passaram os maiores perrengues durante Platoon!!

Bora lá!!
Vamos viajar de VietJetAir!
AEROMOÇAS DA VIETJETAIR

ADENDO:
Para quem não sabe o que é o tal movimento Slow Bier, segue abaixo:
By Marco Falcone


No dia 25 de abril de 2009 foi lançado o movimento Slow Bier Brasil, com princípios similares ao Slow Food, com o intuito de valorizar a produção de cervejas de qualidade, bem produzidas, utilizando matérias primas nobres, boas práticas de fabricação, além de conceitos como fair trade (comércio justo), sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Preocupação com o consumo responsável, com cordialidade e convivialidade, com o prazer gastronômico que a cerveja pode proporcionar. Mas, além disto, o movimento se preocupa também com a forma de viabilizar isto, já que é muito mais dispendioso alcançar todos estes requisitos do que produzir em escala industrial, abolindo todas estas preocupações.
O Slow Bier Brasil quer mostrar as vantagens destas práticas que irradiam cultura cervejeira, mas tem que abordar também os desafios e dificuldades, que vão, desde a desproporcionalidade do poderio econômico com relação às mega indústrias até aos percalços da regulamentação, burocracia e tributação.
Desde sua criação o Slow Bier Brasil, que tem como símbolo um bicho preguiça (diferente do Slow Food, que utiliza um caramujo), tem procurado se manifestar e obter adesões em eventos pontuais, como no último ano no Festival Slow Film de Pirenópolis/GO, entre outros.
No lançamento, em 2009, foi feita uma vídeo conferência no bar Frei Tuck Slow Beer, em Belo Horizonte (que já não existe mais), com o movimento correspondente na Alemanha, e que iniciou o conceito, brindando também com Porto Alegre (Leo Sewald e Caroline Bender representando a Acerva Gaúcha) e Campinas (David Figueira e Maurício Beltramelli – Acerva Paulista), além dos cervejeiros da Acerva Mineira, Acerva Carioca, CONFECE (Confraria Feminina da Cerveja de Belo Horizonte) e FEMALE (Confraria Feminina da Cerveja do Rio de Janeiro), estes todos presentes in loco.
Pedimos a adesão de todos na data de hoje, quando estaremos levantando novamente a bandeira do movimento no Extramalte, do cervejeiro Sady Homrich, no Studio Clio, às 20 horas desta segunda-feira.
Um abraço a todos e Pão e Cerveja.
Marco Falcone