sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

TURMA DO BAR, DEGUSTADORES, CERVOCHATOS E OUTROS BICHOS


Outro dia ouvi que esta na moda ser "degustador de cerveja" e que do nada está aparecendo uma pá de nego entendido no assunto. A pauta era baseada numa reclamação de que alguns guerreiros tinham abandonado os bons costumes, de uma certa tribo, de encher a lata de AMBEV, INBEV e afins e se auto intitularam "degustadores" e passaram a torcer o nariz pros bons companheiros. Um clima de revolta estava no ar quais me fizeram philosofar. Realmente estão pipocando "degustadores" e "mestres cervejeiros" com suas panelas de fazer comida em creche pra tudo quanto é lado. Balança uma árvore e caem uns 3 barrigudos se mostrando entendido no assunto e cheio de philosifias e, o que é pior, firulas para tomar uma cerveja.
Estão esquecendo que para ter certos títulos tem que ralar muito, estudar muito e vivenciar todo o processo de produção exaustivamente prestando atenção, principalmente nos processos errados.
E isso não é acontece de um dia para outro. Leva tempo caboclo! Tem que buscar a informação e inteirar do assunto, fora da mesa de bar, em visitas, harmonizações, cursos específicos. Buscar o conhecimento nos locais certos é uma dica importante.
Informação errada tem por todo lado e principalmente no gogó de quem não se preocupa em verificar se a informação é certa ou errada. Essa semana por exemplo, no jornal do Super Nosso e Verdemar (duas grandes redes de supermercado de Belo Horizonte) soltou em sua tabela de preços de cerveja as seguintes as seguintes informações:

Um erro bizonho! A Quilmes jamais será Uruguaia e o rotulo tem escrito Argh-entina de todo tamanho e Harboe (arght!) é Dinamarquesa e não alemã como insiste o Verdermar.
Tinky Winky, sua época de fazer amigos bebendo leite acabou e é indiscutível o poder de socialização que uma mesa de bar tem, por isso é de bom tom estar afiado num papo comum a todos, onde todos falam, todos participam e todos riem. Por isso não combina dar uma de sabichão e dono da razão e acabar aborrecendo o próximo. Torcer o nariz para aquilo que você sempre fez não ta com nada. O mesmo direito que seu amigo(ou ex), tem de tomar Skol ou Bramha, tem você que quer tomar Paulaner por exemplo. Ficar apurrinhando a todos que não bebe aquela ou esta após você ter chegado a conclusão de que não é mais cerveja de verdade e você não suporta milho e blá blá blá, nem eu mereço! Muitos desses caras nunca viram ou participaram de uma brassagem de cerveja.
Se você quer apresentar novos sabores, cervejas e estilos, faça-o com calma e não como um pastor evangélico no centro da cidade. Se o cara não gosta filhão, sente-se do lado dele e curta uma outra cerveja enquanto ele bebe a AMBEVezinha dele.
Leve a cultura cervejeira de maneira leve e lembre-se que cada um tem seu cada qual. E se você quiser mesmo ser um beer somelier de verdade...VAI ESTUDAR CABEÇÃO! O SENAC oferece esse curso.
Vai fundo! Vale a pena e o mercado esta em expansão.

Para finalizar, uma piadinha pra contar na mesa do bar:


Carlão era um antigo funcionário de uma cervejaria no interior de São Paulo.
Ele era feliz no trabalho, embora seu sonho fosse ser degustador de cerveja, bebida que tanto adorava.
Certa vez, trabalhando no turno da noite, ele caiu dentro de um tonel de cerveja.
Pela manhã, o vigia deu a triste notícia:
- É com profundo sofrimento que informo que o Carlão se desequilibrou, caiu no
tonel de cerveja e infelizmente morreu afogado.
Um grande amigo de Carlão, com a voz muito triste pergunta:
- Meu Deus!!! Será que ele sofreu???
O vigia então responde:
- Acredito que não, porque segundo as imagens da câmera de segurança,
ele chegou a sair três vezes do tonel para mijar…